Língua Portuguesa e o Mundo (Blog N. 496 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz
quarta-feira, 18 de julho de 2012
CPLP
Dados do secretariado executivo da CPLP indicam que 28 milhões de habitantes dos países membros, na maioria menores de cinco anos, sofrem de malnutrição.
Maputo - A Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou a produção de uma proposta de erradicação da fome na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O documento, elaborado com entidades da sociedade civil dos países lusófonos será entregue aos chefes de Estado e de governo dos oito países-membros do bloco na IX conferência, a decorrer sexta-feira na capital moçambicana, Maputo, informa Manuel Matola, correspondente da rádio ONU em Maputo.
A coordenadora da FAO, Bárbara Ekwall, apelou aos líderes da CPLP para respeitarem os direitos humanos à alimentação.
"O direito à alimentação não constitui uma mera distribuição de comida, mas, sim, a criação de maneira progressiva de um ambiente favorável onde cada pessoa pode alimentar-se por seus próprios meios com dignidade. Os Estados têm a obrigação de respeitar, proteger e realizar o direito à alimentação", referiu.
Dados do secretariado executivo da CPLP indicam que 28 milhões de habitantes dos países membros, na maioria menores de cinco anos, sofrem de malnutrição.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Oldemiro Balói, assegurou que a prioridade da presidência moçambicana da CPLP, a partir de 20 de julho, será a segurança alimentar e nutricional.
"Tendo em vista o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, até 2015, precisamos de concentrar os nossos esforços neste domínio", indicou.
A FAO e as organizações da sociedade civil da CPLP pedem, no entanto, que os governos adoptem ações concretas para acabar com a fome nos países de l português.