quarta-feira, 18 de julho de 2012


FAO leva à cimeira da CPLP proposta para erradicação da fome


CPLP
Dados do secretariado executivo da CPLP indicam que 28 milhões de habitantes dos países membros, na maioria menores de cinco anos, sofrem de malnutrição.
Maputo - A Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou a produção de uma proposta de erradicação da fome na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O documento, elaborado com entidades da sociedade civil dos países lusófonos será entregue aos chefes de Estado e de governo dos oito países-membros do bloco na IX conferência, a decorrer sexta-feira na capital moçambicana, Maputo, informa Manuel Matola, correspondente da rádio ONU em Maputo.
A coordenadora da FAO, Bárbara Ekwall, apelou aos líderes da CPLP para respeitarem os direitos humanos à alimentação.
"O direito à alimentação não constitui uma mera distribuição de comida, mas, sim, a criação de maneira progressiva de um ambiente favorável onde cada pessoa pode alimentar-se por seus próprios meios com dignidade. Os Estados têm a obrigação de respeitar, proteger e realizar o direito à alimentação", referiu.
Dados do secretariado executivo da CPLP indicam que 28 milhões de habitantes dos países membros, na maioria menores de cinco anos, sofrem de malnutrição.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Oldemiro Balói, assegurou que a prioridade da presidência moçambicana da CPLP, a partir de  20 de julho, será a segurança alimentar e nutricional.
"Tendo em vista o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, até 2015, precisamos de concentrar os nossos esforços neste domínio", indicou.
A FAO e as organizações da sociedade civil da CPLP pedem, no entanto, que os governos adoptem ações concretas para acabar com a fome nos países de l português.